Número de vacinados no Brasil chega a mais de 3,5 milhões, aponta consórcio
O Brasil ultrapassou neste domingo, 7, a marca de 3,5 milhões de pessoas vacinadas contra a covid-19, mostram dados reunidos pelo consórcio de veículos de comunicação. Desde às 20h de ontem, 44.343 pessoas receberam a primeira dose. No total, a quantidade de imunizados chegou a 3.573.150, com dados atualizados nas últimas 24 horas em 21 Estados. O número representa 1,69% da população brasileira.
De acordo com o microbiologista da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Gustavo de Almeida, no ritmo em que a vacinação contra a covid-19 é conduzida no Brasil, o País levaria mais de quatro anos para ter toda a sua população imunizada. Para fazer os cálculos, Almeida baseou-se no número total de brasileiros a serem vacinados (160 milhões, segundo o IBGE, já que os menores de 18 anos não serão imunizados agora) e a média de imunizações diárias atual, que é de 200 mil pessoas. A escassez de vacinas é apontada por especialistas como a maior causa da lentidão do processo, que já começou depois de cerca de 50 outros países.
Na noite deste sábado, 6, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos (zona norte do Rio de Janeiro), recebeu lote com 88 litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), princípio ativo necessário para a fabricação da vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses 2,8 milhões de doses de vacina. As primeiras vacinas fabricadas com esse material devem ser entregues ao Ministério da Saúde entre 12 e 15 de março, segundo previsão da Fiocruz.
Já na manhã de hoje, a Prefeitura de São Paulo anunciou que deve antecipar a campanha de vacinação do grupo de idosos com idades entre 85 e 89 anos, agendada oficialmente para 15 de fevereiro. Ela também deseja ampliar o horário da imunização nos postos de saúde até às 22 horas, tão logo seja possível a vacinação em massa.
Segundo o secretário municipal de Saúde de SP, Edson Aparecido, em entrevista ao Estadão, do total de 32.837 idosos do grupo acima dos 90 anos, 16.630 já receberam a primeira dose da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
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