Equipe econômica estuda prorrogar auxílio emergencial até dezembro
O Ministério da Economia avalia
que o auxílio emergencial pode ser estendido até dezembro. Embora membros da
pasta mencionem preocupação com o impacto fiscal da medida, há o entendimento
que pressões políticas podem levar à prorrogação.
O auxílio emergencial já demanda
R$ 254,2 bilhões e representa a medida mais cara do pacote anticrise. O
programa foi criado para durar apenas três meses, com valores concedidos em
abril, maio e junho. Depois, foi prorrogado por dois meses (até agosto).
A equipe econômica sempre
defendeu que a medida fosse temporária e não se prolongasse, mas a partir de
maio amenizou o discurso e passou a admitir extensões (embora defendendo
valores menores).
O ministro Paulo Guedes
(Economia) defende um valor de R$ 200. Ele entende que esse valor representa
aproximadamente a média recebida no Bolsa Família, e que portanto o auxílio não
poderia ser maior do que isso.
No entanto, Guedes já defendia
uma redução para R$ 200 em maio caso a medida fosse prorrogada, e o governo
estendeu o auxílio por mais dois meses mantendo a quantia de R$ 600.
A prorrogação do benefício pelo
valor de R$ 600 dispensa um novo aval (e possível derrota) no Congresso. Isso
porque o texto que o criou permite a extensão por ato do Executivo, mas
mantendo os valores previstos na proposta (de R$ 600 ao mês).
Desde que foi desenhado, para
durar três meses, o auxílio emergencial é alvo de interesse no mundo político,
principalmente em torno dos valores concedidos. O valor de R$ 600 só foi
alcançado após embates entre Executivo e Legislativo durante a formatação da
proposta.
Guedes propôs inicialmente uma
quantia de R$ 200 e o Congresso pressionou por uma elevação para R$ 500.
Depois, o governo elevou para R$ 600 para ficar com a paternidade do valor
concedido.
Apesar disso, Guedes considera que a disputa prejudicou o formato do auxílio, porque a medida poderia durar mais se tivesse um valor mais baixo.
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